sábado, 26 de junho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

E a gente finge que é leitão pra poder mamar deitado...

Nada de novo. Só a mesma balada de todos os dias. Monocórdia. Sabe aquela música do Chico, que fala do Pedro que espera, espera? O trem, o aumento, o filho?
Às vezes tenho essa sensação de espera sem fim. Lá se vão cinco anos! Muita água rolou. Aprendi muita coisa, na porrada e no afago. Mas falta... Ô angústia que me tira o sono!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Pequenas alegrias

Curioso como às vezes fugimos de um presente por conta de conceitos mínimos de primeira vista.
Em 2007, a vida me deu um desses presentes. Uma possibilidade. E eu nem percebi. Mas destino é destino, né não?
Pra você, amiga querida, irmãzinha de coração, posto o poema que é tão dele quanto seu. Não porque as palavras tenham relaçao com nosso passado, mas porque cada vez que ele for declamado, é na sua voz que vai chegar aos meus ouvidos.

"Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada"

Vinícius de Moraes

sexta-feira, 18 de junho de 2010

De luto


Morreu hoje, agora há pouco, o Saramago.

À parte de qualquer outra apresentação ou homenagem merecida, ele foi o cara que me fez acreditar na literatura contemporânea. E isso, pra mim, fez toda a diferença.

Cara, espero que você esteja errado e que a esta hora, tenha encontrado um deus em quem confiar.