terça-feira, 23 de março de 2010

sábado, 13 de março de 2010


Não sei de quem é a responsabilidade, mas essa nova mania municipal, estadual e federal de colocar o Brasil no "mapa múndi" dos grandes eventos, me cansam. Acho até uma iniciativa bacana de maneira geral, mas a irresposibilidade de como isso é feito, irrita.

Neste fim de semana, São Paulo recebe a Fórmula Indy. A despeito da minha (péssima) opinião a respeito de corridas de automóveis (afinal, não sei por que isso é considerado esporte...), o fato é que a cidade no momento, mal tem infra estrutura para atender sua população fixa. É no mínimo falta de respeito com o cidadão criar um circuito de automobilismo com a Marginal Tietê em obras! (obras que, aliás, só existem por conta da copa do mundo de 2014).

Esta manhã, levei 1h45 para percorrer um trecho que em dias sem obras ou Fórmula Indy, cumpriria em 25m.

Mas tudo bem. E viva a velocidade! Alheia.

quinta-feira, 11 de março de 2010

“O milagre das folhas

Não, nunca me acontecem milagres. Ouço falar, e às vezes isso me basta como esperança. Mas também me revolta: por que não a mim? Por que só de ouvir falar?

Pois já cheguei a ouvir conversas assim, sobre milagres: “Avisou-me que, ao ser dita determinada palavra, um objeto de estimação se quebraria.” Meus objetos se quebram banalmente e pelas mãos das empregadas. Até que fui obrigada a chegar à conclusão de que sou daqueles que rolam pedras durante séculos, e não daqueles para os quais os seixos já vêm prontos, polidos e brancos.

Bem que tenho visões fugitivas antes de adormecer – seria milagre? Mas já me foi tranquilamente explicado que isso até nome tem: cidetismo, capacidade de projetar no campo alucinatório as imagens inconscientes.

Milagre, não. Mas as coincidências. Vivo de coincidências, vivo de linhas que incidem uma na outra e se cruzam e no cruzamento formam um leve e instantâneo ponto, tão leve e instantâneo que mais é feito de pudor e segredo: mal eu falasse nele, já estaria falando em nada.

Mas tenho um milagre, sim. O milagre das folhas. Estou andando pela rua e do vento me cai uma folha exatamente nos cabelos. A incidência da linha de milhares de folhas transformadas em uma única, e de milhões de pessoas a incidência de reduzi-las a mim. Isso me acontece tantas vezes que passei a me considerar modestamente a escolhida das folhas. Com gestos furtivos tiro a folha dos cabelos e guardo-a na bolsa, como o mais diminuto diamante. Até que um dia, abrindo a bolsa, encontro entre os objetos a folha seca, engelhada, morta. Jogo-a fora: não me interessa fetiche morto como lembrança. E também porque sei que novas folhas coincidirão comigo.

Um dia uma folha me bateu nos cílios. Achei Deus de uma grande delicadeza”.

Clarice, sempre ela a caber tão dentro de mim...

domingo, 7 de março de 2010


quarta-feira, 3 de março de 2010


Hoje foi a noite da minha formatura. Na verdade, colação de grau, que eu teria perdido, não fosse a Jamile e seu telefonema em cima da hora, já de beca no palco enquanto eu tirava um cochilo em casa.

Não que seja grande coisa, afinal o que e uma faculdade hoje em dia? Seguramente não é garantia de emprego, visto que meu currículo anda por aí feito nota de R$2,00, sem retorno.

O caso é que ainda consigo me surpreender com o pouco caso das pessoas. Afinal, a festa deveria ser minha. Eu deveria decidir se queria que meus pais estivessem lá ou não. E eu queria.

Talvez o pior de tudo tenha sido ser obrigada a ouvir um juramento que eu deveria repetir, onde a recém formada pedagoga fala para quem qiser ouvir, o termo "cidadões". Agradeço à FIP por me fazer um pouco mais descrente da humanidade.

De qualquer forma, acabou. No mais, estou tensa com o dia de amanhã.

E por que essa rosa? Ora, a rosa é da Dah, meu amor, que eu fiquei te devendo. Por estar lá. Por estar sempre lá na minha vida. Amo você.